Procurar

Irã ameaça EUA, Reino Unido e França se impedirem retaliação a Israel

Donald Trump, presidente dos EUA, já afirmou que ajudaria a defender Israel

Irã ameaça EUA, Reino Unido e França se impedirem retaliação a Israel

© Reuters

Folhapress
14/06/2025 16:30 ‧ há 21 horas por Folhapress

Mundo

Guerra

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Irã alertou os Estados Unidos, o Reino Unido e a França que suas bases militares serão alvos caso tentem bloquear sua retaliação contra Israel, que atacou infraestruturas nucleares iranianas e matou dois líderes da cúpula militar do país na quinta-feira (12).

 

Qualquer país que tente interferir nas ofensivas será atacado, ameaça comunicado. ''Estará sujeito a ter todas as bases regionais do governo cúmplice atacadas pelas forças iranianas, incluindo bases militares nos países do Golfo Pérsico e navios e embarcações navais no Golfo Pérsico e no Mar Vermelho", disse hoje o Irã em uma declaração citada pela agência de notícias iraniana Mehr.

Donald Trump, presidente dos EUA, já afirmou que ajudaria a defender Israel. Ele itiu que ''sabia de tudo'' sobre o ataque israelense e ofereceu apoio à decisão de lançar uma série de ofensivas devastadoras ao Irã, demonstrando disposição para adotar o uso da força militar para impedir o programa nuclear de Teerã. O republicano chamou ainda de ''excelente'' o desempenho dos militares israelenses.

O chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, advertiu o Irã que não faça represálias contra os soldados americanos que estão em países árabes. "Os Estados Unidos calcularam que podem ajudar Israel, e os iranianos obviamente estão cientes disso, mas, no fim das contas, pelo menos publicamente, os Estados Unidos permanecem à margem", declarou Alex Vatanka, diretor fundador do programa sobre o Irã do Middle East Institute, em Washington.

A França disse que ajudará Israel a se defender ''se estiver em condições de fazê-lo''. Ontem, durante uma coletiva de imprensa, o presidente Emmanuel Macron falou que o país não tem intenção de participar de operação ofensiva, mas ajudaria na defesa, se pudesse.

Macron também se posicionou contra o programa nuclear iraniano. Ele criticou Teerã por ter acumulado "quase 40 vezes mais urânio enriquecido do que tinha autorização", "contornando todas as suas obrigações com a comunidade internacional e descumprindo suas próprias promessas".

O Reino Unido diz não ter ajudado Israel no ataque ao Irã. O primeiro-ministro, Keir Starmer, falou com Benjamin Netanyahu ontem para enfatizar que Israel tem o direito à autodefesa, mas que o conflito precisa de uma solução diplomática.

IRÃ E ISRAEL TRAVAM BATALHA

Ataque iraniano deixou dois mortos e feriu 19 pessoas hoje em Israel. Um míssil atingiu casas na cidade de Rishon Lezion, no centro de Israel, segundo o serviço de resgate israelense MDA (Magen David Adom). O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, disse que o Irã cruzou a linha vermelha ao atingir civis e "pagará um alto preço por isso".

Uma israelense morreu em um ataque de mísseis iranianos contra Israel ontem. A informação foi dada pelo site The Jerusalem Post, que também havia informado o número de 63 feridos antes do ataque ocorrido em Rishon Lezion.

No Irã, ataques israelenses de ontem deixaram 78 mortos. Em discurso na ONU, um enviado iraniano afirmou que dezenas de pessoas morreram e 320 ficaram feridos. Entre as vítimas estão militares de diversas patentes, além de cientistas que trabalhavam em bases nucleares e civis.

Episódio agravou conflito militar envolvendo as duas nações no Oriente Médio. Mais cedo, o porta-voz do exército israelense, Effie Defrin, disse que o país atingiu mais de 200 alvos no Irã desde a madrugada. Além de Isfahan, uma instalação nuclear de Natanz também foi atingida durante a onda de ataques israelenses ao território iraniano.

Partilhe a notícia

Recomendados para você